Conheça a História da pequena Sarah, prematura de 35 semanas e 6 dias

A seguir, apresentamos o relato da Michele, mãe da Sarah, que nasceu prematura:

“No dia 04 de junho de 2017, senti muitas contrações e no dia 05 de junho, em uma consulta de pré-natal, foi confirmado o trabalho de parto prematuro com 35 semanas e 6 dias. Minha bebê nasceu com 2,015 kg, 46 cm e 3 circulares de cordão umbilical no pescoço.

Assim que ela nasceu, eu insisti para conhecê-la para que a colocassem em meu colo, pois seria o nosso primeiro encontro fora do útero. O pediatra avisou que ela iria direto para a UTI Neonatal devido ao baixo peso e causa desconhecida do parto prematuro, eles precisariam examiná-la e observá-la.
No nosso segundo encontro não pude tocá-la, amamentar e nem sentir seu cheiro. Desde então, iniciou a batalha diária, o hospital virou minha primeira casa. Eu chegava no hospital às 8h e saía às 21h30. A rotina era bem cansativa.

Nesse período eu ficava aguardando na recepção da maternidade para subir até a UTI Neo a cada 3 horas para amamentar.

(…)

Como toda mãe de prematuro, a rotina é escutar “ela está estável”, “não teve nenhuma intercorrência”, mas a gente não espera levar sustos, então eu chamava de rotina de “montanha russa”.
Após 4 dias de internação da bebê, ao chegar no hospital, ela estava em uma incubadora isolada, o médico informou que ela teve uma apneia e como nos exames comuns de rotina estava tudo normal, eles resolveram fazer a punção lombar e até o resultado sair, iniciaram o tratamento com 2 antibióticos fortíssimos que combateriam qualquer tipo de bactéria e infecção, não podiam esperar o resultado pois um bebê prematuro de baixo peso, sem imunidade, dificilmente resistiria a um sintoma, seria perigoso.
Ela reagiu bem ao tratamento e logo após alguns dias o resultado do exame saiu, início de meningite bacteriana, minhas pernas ficaram bambas, me faltou o ar, meu coração acelerou, uma sensação bem ruim que não desejo a ninguém! Mas, aí lembrei nesse instante a minha fé, a vontade de Deus e o apoio de todos ao meu redor, inclusive de pessoas que nem conhecia.
Foram 21 dias sem pausa de tratamento com os antibióticos, graças a Deus a bebê reagiu super bem e ganhou um pouco de peso. Foi necessário repetir a punção lombar para confirmar que normalizou e para o nosso alívio, o resultado foi bom, estava tudo normal.
No início, os médicos não encontraram a causa, mas viram em meus históricos de exames que o meu exame de pré-natal: Cultura de Streptococcus deu positivo e talvez tenha ultrapassado a placenta, infectando a bebê e causando o parto prematuro.
Nas esperas para ver a pequena, seja na recepção, na sala de UTI Neo e no refeitório, acabei criando laços com as mães de prematuros e com as enfermeiras, a esperança aumentava quando presenciávamos a alta médica dos bebês de outras mães, pensávamos ‘logo será a gente!’ .
Foram longos 21 dias de UTI Neo e 7 dias no berçário, no qual aprendi muitas coisas principalmente o dilema: “Foco, Força e Fé”. Finalmente, tão esperada alta médica aconteceu no dia 02 de julho de 2017, no período da tarde.

(…)

A minha pequena guerreira Sarah recebeu alta com 47 centímetros e pesando 2,725 quilos. Foi um mix de sentimentos…Alívio, alegria, muita gratidão e ao mesmo tempo insegurança, pois qualquer suspiro diferente em casa eu já ficava em alerta!
O bebê prematuro é mais forte que imaginamos, são verdadeiros guerreiros, eles lutam para viver e sentem mesmo separados da mãe/pai, o amor incondicional. Obrigada pela oportunidade de relatar sobre a minha pequena guerreira Sarah!”
 

– Michele, mãe da prematura Sarah –